domingo, 13 de outubro de 2013

«ROUBAR» SÓ 100 MILHÕES? ISSO NÃO É «TSU» - GARANTE PAULO PORTAS

O vice-primeiro-ministro diz que ainda não sabia, na passada quinta-feira, dia 2 - quando apresentou, ao lado da ministra das Finanças, os resultados da oitava e nona avaliações da troika ao programa português -, dos cortes nas pensões de sobrevivência, confirmados pelo Governo no fim-de-semana.
«Na quinta-feira o desenho da medida não estava terminado», disse Paulo Portas, que falava no Palácio da Ajuda, em Lisboa, à margem da apresentação do livro sobre o ano de Portugal no Brasil.
Recorde-se que, na passada quinta-feira, o vice-primeiro ministro garantia que «em nenhuma circunstância estamos perante um pacote de austeridade» (!?).
O «irrevogável» vice-primeiro-ministro que temos - que garantiu que jamais deixaria passar a chamada TSU dos pensionistas - nega que a medida agora anunciada tenha alguma ligação àquela que prometeu travar e que considerou a «linha vermelha» que, a ser atravessada, ditaria a sua saída («irrevogável»?) do Governo.
«Não há qualquer comparação ou relação entre uma "condição de recursos" nas pensões de sobrevivência e um corte a que foi chamado TSU [Taxa Social única] das pensões», considerou, sublinhando que a «TSU das pensões» equivalia a um corte de 436 milhões de euros, enquanto que o corte das pensões de viuvez está avaliado em apenas 100 milhões: «A TSU tinha um valor de 436 milhões de euros, a questão da "condição de recursos" tem uma poupança de 100 milhões de euros. (...) A TSU aplicava-se a reformas de 400 e poucos euros e, em nenhuma circunstância, na "condição de recursos" das pensões de sobrevivência se atingirão esse tipo de valores».
O «irrevogável» vice-primeiro-ministro que temos lembrou ainda que os cortes implícitos na TSU eram transversais, ao passo que o corte das pensões de sobrevivência apenas se aplicam quando há acumulação de pensões e está dependente dos outros recursos/rendimentos que os pensionistas têm. «Isto quer dizer que antes de chegar a segunda pensão se deve verificar o nível de rendimentos que a primeira pensão já proporciona».

2013.10.08

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