domingo, 13 de outubro de 2013

AS ESCANDALOSAS CONTRADIÇÕES DE CAVACO SILVA

As constantes contradições de Cavaco Silva, em sucessivas declarações públicas, demonstram que se trata de um político intelectualmente desonesto e sem carácter, medíocre, mentiroso e incompetente, que não está à altura do cargo de Presidente da República para o qual foi eleito.
O simples enunciado de declarações que a jornalista Fernanda Câncio reproduz na sua coluna habitual no «DN» é bem o retrato de um político sem estofo, que não é digno da menor confiança. Ora leiam:

SADO-MALUQUISMO      por FERNANDA CÂNCIO

«Como avisei na altura devida, chegámos a uma situação insustentável» - Cavaco Silva, 10/6/2010 (com a dívida a 94% do PIB)
«São insustentáveis tanto a trajectória da dívida pública como as trajectórias da dívida externa» - Cavaco Silva, 9/3/2011 (com a dívida a 108,2% do PIB)
«As dificuldades que Portugal atravessa derivam do nível insustentável da dívida do Estado e da dívida do País para com o estrangeiro» - Cavaco Silva, 1/1/2013 (com a dívida a 124,1% do PIB)
«Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável. Só há uma palavra para definir esta atitude: ma-so-quismo» - Cavaco Silva, 3/10/2013 (com a dívida prevista pelo Governo a 127,8% do PIB)
«Os juros da dívida soberana vão cair gradualmente, à medida que Portugal atinge as metas impostas pelo programa de assistência financeira» - Vítor Gaspar, 20/4/2012
«O cumprimento do Programa é inequívoco e os progressos alcançados são significativos» - Vítor Gaspar, 20/2/2013
«O incumprimento dos limites originais do programa para o défice e a dívida, em 2012 e 2013 (...), minou a minha credibilidade enquanto ministro das Finanças» - Vítor Gaspar, 1/7/2013
«Não é uma teimosia minha com os salários da função pública, não é uma teimosia minha com as pensões dos pensionistas do Estado, (...) é a diferença entre fecharmos este programa de assistência ou podermos ter de pedir um outro programa» - Passos Coelho, 21/9/2013
A maioria PPD-PSD/CDS-PP no poder está «a criar condições para que os portugueses possam acreditar com confiança que esta crise será vencida» -Passos Coelho, 27/9/2013
«As dívidas têm de ser todas pagas, os países têm de pagar as dívidas» - Carlos Moedas, 27/8/2013
«Só nos resta (a nós e a outros) o possível caminho da reestruturação da dívida. Ou seja, ir falar com os nossos credores e dizer-lhes que dos cem que nos emprestaram já só vão receber 70 ou 80» - Carlos Moedas, 26/5/2010
«Não compensa absolutamente nada para a economia portuguesa (...) estabelecer uma retórica de ataque às posições dos mercados» - Cavaco Silva, 10/11/2010
«Não existe nenhuma razão lógica para as obrigações do Estado português atingirem taxas de juro de 7% nos mercados financeiros» - Cavaco Silva, 30/9/2013
«Deus nos livre de termos um Presidente da República que não mede as palavras que diz» - Cavaco Silva, 21/12/2010

(Publicado no «DN» em 4 de Outubro de 2013)

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