quarta-feira, 27 de novembro de 2013

OS ELOGIES DE EANES A CAVAQUE HÁ EXACTAMENTE TRÊS ANES...

O antigo Presidente da República e famoso «general balança», António Ramalho Eanes, garantia, há três anos, que, com Cavaco Silva em Belém, seria possível Portugal libertar-se do «desemprego que magoa e humilha» e da «pobreza que envergonha e ofende a dignidade do Homem». «Acredito que com Cavaco Silva podemos voltar a ter esperança», afirmou o ex-Presidente, que ainda não se sabe se terá, três anos depois, mudado de opinião...
Ramalho Eanes, que encabeçava a Comissão de Honra da recandidatura de Cavaco Silva a Belém, disse ainda que Cavaco Silva seria o garante de uma «continuidade estável» e capaz de «manter a serenidade em tempos de turbulência». Como se tem visto, de então para cá...
De acordo com o famoso «general balança», no seu estilo oratório inconfundível, Cavaco Silva «tudo fará para redimir o país da crise e do medo em que vive e não resgatará esforços para exercer uma magistratura de intervenção política na sociedade, apontando para o crescimento da economia, criação de emprego e que combata a precariedade do trabalho».
Mais: «Com Cavaco Silva, será possível unir Portugal para, de forma coesa, lançar com propósito e visão humanista ajustada as estratégias que equilibrem as contas públicas, cumprindo os Programas de Estabilidade e Crescimento, mas que também lancem as bases sólidas para um crescimento sustentável da economia portuguesa».
Ou seja, em matéria de prognósticos políticos, económicos e financeiros, o «general balança» continuava a ser um verdadeiro «nabo»...
Também o professor João Lobo Antunes, mandatário nacional da recandidatura de Cavaco Silva (já tinha sido o mandatário nacional da candidatura), alertou para a «total gravidade» das «exigências do tempo presente» (estava o PS de Sócrates no poder), e que, por isso, a reeleição de Cavaco Silva se tornava um «imperativo nacional».

E acrescentava o sempre saltitante professor «Pardal»: «Cavaco Silva foi sempre à busca do Portugal que trabalha, e, por isso, nada fere mais a sua sensibilidade do que o drama sem consolação daqueles que não têm emprego, talvez a maior chaga aberta na sociedade portuguesa, de que todos somos solidariamente responsáveis». Devia apenas falar por ele, mas atreveu-se a falar por todos...
Já ninguém se recorda do dramático balanço dos dois mandatos do «general balança», António Ramalho Eanes, como Presidente da República. Lembro só dois números: dissolveu por duas vezes a Assembleia da República e deu posse a 10 governos 10, durante os dez anos que esteve em Belém. Em matéria de «continuidade estável» e de, como ele diz, «manter a serenidade em tempos de turbulência», Eanes foi de facto o exemplo... oposto!

TROIKA CONTINUA A «METRALHAR» OS PORTUGUESES...



OS FALSOS AVESTRUZES DA «CONSTRUÇÃO EUROPEIA - UM TEXTO DE JOÃO MARTINS PEREIRA (1932-2008)

Para assinalar os cinco anos que passam sobre a morte de JOÃO MARTINS PEREIRA - engenheiro, economista, jornalista, ensaísta, e uma das referências intelectuais da esquerda marxista portuguesa desde a década de 1960 - fui buscar este artigo republicado pela «Esquerda.net», originalmente publicado por João Martins Pereira no jornal «Combate» em Junho de 1994.
A linguagem serve para comunicar, mas também para distinguir. Isso é óbvio entre classes sociais, entre citadinos e rurais, entre os membros de um grupo ou de uma "corporação" (médicos, advogados, cientistas, etc.) e os "outros". Neste sentido, e sem mais eruditas considerações, é igualmente claro que a linguagem "transporta consigo" poder (ou in-poder). Por mais forte razão, todas as burocracias de poder criaram os seus próprios códigos de expressão. Chamou-se-lhes em tempos "língua-de-pau" (Edgar Morin) e o exemplo-tipo foi, naturalmente o da burocracia dirigente soviética. Mas em tais casos, tão importantes como o efeito "discriminação" são por certo os de "propaganda" e de "encobrimento" (da realidade, da História).
A burocracia de Bruxelas (como as suas satélites em cada Estado-membro) não podia constituir excepção. Já sem rival a Leste, temos nela hoje o modelo mais perfeito de "língua-de-pau". Interessa-nos aqui sobretudo o seu efeito de "encobrimento", por ser aquele de que, por falta de informação, menos nos damos conta. Dou apenas alguns exemplos.
Vejamos o tão falado "Mercado Único". Porquê um Mercado Único se já há 30 anos se falava correntemente de "Mercado Comum", ao ponto de o identificar com a própria Comunidade, quando se trata de expressões sinónimas (não é o mercado português o "mercado comum a todos os portugueses")? É que, na realidade, nunca existiu um "mercado comum", mas apenas uma união aduaneira, aliás sempre imperfeita (com as novas adesões), e uma pauta exterior comum. Com excepção da agricultura, cada país continuou a seguir as políticas que entendeu e a proteger-se dos outros como pôde. Encobriu-se esse facto durante todos esses anos, e ao mudar-lhe o nome em 1987 pretendeu-se fingir que se vai arrancar para "outra coisa": na realidade, é agora que se vai tentar realizar o dito mercado comum, ou único, como lhe queiram chamar.
Decidiu-se então que o "Mercado Único" seria atingido em 5 anos (!), calcularam-se ao tostão todos os imensos benefícios que daí adviriam (o relatório com essas contas passou a ser uma espécie de Bíblia dos eurocratas), e desatou-se a elaborar umas centenas de medidas cuja aplicação a ele inevitavelmente conduziriam. A l de Janeiro de 1993, o "Mercado Único" estaria plenamente realizado. E assim se passou a dizer.
De novo se constata que cada país puxa brasa à sua sardinha (sobretudo os mais fortes), que grande parte das medidas não estão sequer regulamentadas (pois se nem foi possível chegar a acordo sobre a normalização comum das fichas e tomadas eléctricas!), e mesmo quando estão, ou não são aplicadas ou são simplesmente ignoradas ou violadas. Mesmo assim, isso não impede que os documentos e relatórios estejam povoados de referências aos benefícios conseguidos com o "Mercado Único", que não são mais do que os calculados no tal relatório, sem que ninguém se tenha dado ao trabalho de os verificar ou avaliar. Uma vez mais, é a "língua-de-pau" a funcionar, encobrindo aquilo que toda a própria eurocracia sabe.
Concretizemos. Por exemplo, o "Mercado Único" impõe que os Estados-membros abram à concorrência de todos os outros os seus concursos para obras ou fornecimentos acima de um certo montante. Nos corredores de Bruxelas toda a gente sabe que isto não teve qualquer efeito, e que cada país descobre os processos mais imaginativos para favorecer as empresas nacionais: quem vai ganhar um concurso em Itália contra a rede de empreiteiros da Mafia (tão falados ultimamente)? Que empresa portuguesa vai ganhar a construção de uma auto-estrada ou o fornecimento de uma central eléctrica na Alemanha ou em França?
Mas continua a falar-se dos enormes benefícios que se espera da "abertura dos mercados públicos", fazendo de conta de que as coisas estão a mudar, quando não estão, nem estarão.
Outra ideia notável: "Se isto é um Mercado Único - como se fosse o de um único país - não faz sentido continuar a haver controlos fronteiriços da circulação de mercadorias, nem sequer continuar a falar de exportações e de importações". E assim se fez. Aqui de facto não ficou tudo como dantes. Passou a chamar-se "expedições" às exportações e "entregas" às importações, o que não é grave, mas tão só sintomático dos falantes-de-pau, que gostam de mudar as palavras quando não conseguem mudar as realidades. Pior foi que, na ausência desses controlos, cada país deixou simplesmente de saber quanto exporta e quanto importa, pois passaram a ser as empresas a declarar. Se de facto cada país tivesse realmente passado a ser uma mera região do país "Europa", também não seria grave: ninguém se lembra de contabilizar as mercadorias que saem do Algarve para o Alentejo, e vice-versa. Mas sucede que, contrariamente ao que fazem de conta os eurocratas, cada país continua a ter contas próprias, políticas económicas e fiscais próprias, moeda própria, preços próprios, etc.
Em Portugal, por exemplo, isto criou uma completa barafunda. Não só deixou de se saber quanto se exporta e importa, como até o sentido do erro não é claro: quando se esperaria resultados inferiores aos reais, por falta de declarações, parece que se regista um excesso nas exportações, pois parece que muitas empresas resolveram fingir (também estão no seu direito) que exportavam para não pagar IVA e vender produtos mais baratos no mercado "paralelo".
Na realidade, só pode haver um "mercado único" onde haja uma moeda única, e mais: um país único, com políticas únicas. Os eurocratas já o sabiam há muito, mas fingem só o ter descoberto agora. Por isso mesmo o "Mercado Único" de 1995, como já vimos, é uma mera ficção, e foi preciso Maastricht, a nova palavra-chave da língua-de-pau. Não está em causa qualquer convergência das "economias reais", mas apenas a constituição de uma potência económica - o "país" Europa – que possa competir em pé de igualdade com os Estados Unidos e o Japão à escala mundial. Mas agora as resistências são obviamente bem maiores: já se viu nos poucos países que submeteram o Tratado a referendo. E a recessão veio pô-lo ainda em maior evidência.
E de novo assistimos ao mesmo mecanismo de encobrimento. No momento em que todos sabem que a entrada em vigor do Tratado em Dezembro passado não passou de uma acção mediática pouco convincente; que o desemprego atinge em todos os países números alarmantes e cada um busca "soluções" próprias que tentem evitar previsíveis crises sociais e políticas; que o Sistema Monetário europeu está de pantanas e os projectos de União Monetária e de "convergência" nominal estão congelados até ver; que cada vez mais se desenha uma Europa a duas ou três "velocidades" sob hegemonia alemã - neste preciso momento, governantes dirigentes comunitários e altos funcionários falam e actuam publicamente como se desconhecessem isto mesmo e a simples "retoma" económica pudesse pôr tudo nos carris (continuando embora, na prática, cada país a "safar-se" como pode e a violar, como sempre, as "regras comuns" acordadas por vezes em "dramáticas" madrugadas).
Todos os exemplos apontados remetem-nos para um comportamento a que em tempos chamei de "falsos avestruzes", ou seja daqueles que, sabendo muito bem o que se passa à sua volta, fazem de conta que não sabem. Aqueles que passam o seu tempo a enganar-nos. Neste caso, os falsos avestruzes comunitários.
Podemos gostar do real, ou não, e querer transformá-lo. Mas é dele que temos de partir. E antes de mais há que desmontar o mundo de ficção criado pela língua-de-pau que os nossos políticos, feitos papagaios de Bruxelas e por interesse próprio, diariamente nos querem impingir, com a colaboração prestável da comunicação social.
Aliás, sobre a posição de Portugal no meio disto tudo (que não era o tema deste artigo), não resisto a citar um recente editorial do «Le Monde» a propósito dos países da orla sul da Comunidade. Depois de passar em revista as situações difíceis dos outros três (Espanha, Itália e Grécia), diz de Portugal o seguinte: "Perfeito no papel de aluno exemplar da classe, mas que nunca quis, ou pôde, pesar um pouco que fosse sobre as decisões europeias". Papagaio, apenas. A quem os donos vão dando o necessário para que mantenha um ar apresentável.

QUEM SE METE COM ANGOLANOS PODEROSOS LEVA NA «TROMBA»...

A «grande lição» de mestre Jorge Coelho - sim, sim, esse mesmo, o ex-funcionário político da UDP, ex-dirigente do PS, ex-ministro das Obras Públicas e ex-CEO da Mota/Engil - foi muitíssimo bem assimilada no Futungo de Belas. 
Dois jornalistas holandeses foram agredidos violentamente, no dia 20 de Novembro, pelo embaixador e funcionários da embaixada de Angola em Haia, capital da Holanda, durante uma reportagem.
Os repórteres de uma estação de televisão holandesa procuravam saber por que razão os diplomatas estrangeiros estacionam mal os automóveis naquela cidade.
Mas reportagem sobre as infracções ao estacionamento em Haia por parte dos funcionários das embaixadas correu muito mal quando chegou o momento de abordar a embaixada de Angola.
Ao tentarem procurar respostas para o estacionamento abusivo na rua, os dois jornalistas do canal de televisão «PowNews» foram violentamente agredidos por funcionários da embaixada de Angola. E, perante a insistência dos repórteres - que queriam saber se era normal na embaixada de Angola agredirem fisicamente as pessoas -, o próprio embaixador saiu à rua para agredir a soco e pontapé os jornalistas e ainda quebrou o foco de luz e tentou destruir a câmara.
A reportagem está a gerar indignação entre os holandeses. O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou à reportagem do canal holandês que vai aguardar a conclusão de um processo aberto para investigar os acontecimentos. Vários parlamentares lamentaram o sucedido, tendo mesmo um deputado exigido o repatriamento dos funcionários responsáveis pelas agressões.

HÁ GREGOS A INJECTAR-SE COM O VIRUS VIH PARA RECEBEREM SUBSÍDIOS

Há toxicodependentes gregos que se injectam com VIH para receber um subsídio de 700 euros, revela uma investigação da Organização Mundial de Saúde. Um erro no relatório inicial criou polémica, por dar ao fenómeno uma dimensão maior do que, na realidade, terá.
Ao debruçar-se sobre o impacto da crise nos países europeus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que a taxa de infecção com o vírus da sida aumentou «significativamente» na Grécia e que cerca de metade das novas infecções resultam do uso de agulhas contaminadas. Destes casos, «alguns», diz a OMS, «estão deliberadamente a infligir-se o vírus». O motivo: receber 700 euros por mês e, em alguns casos, poder ter rapidamente acesso a programas de recuperação da toxicodependência.
Por lapso, um primeiro comunicado da OMS, divulgado esta manhã pelos meios de comunicação social de vários países, mencionava que «mais de metade dos novos casos de VIH eram auto-infligidos».
A investigação da OMS detectou igualmente um aumento da prostituição, «provavelmente como resposta às dificuldades económicas».
Dados do Centro Helénico para a Prevenção e Controlo de Doenças, conhecido como Keelpno, mostram que a taxa de infevção por VIH quase triplicou nos últimos 10 anos, passando de 3,9 casos em cada 100 mil pessoas, em 2003, para 10,9 casos, em 2012.

ROSALINO A EXPLICAR PORQUE A TEM TÃO PEQUENINA...

Atenção, não se ponham a fazer interpretações erradas do gesto do «estrangulador» de funcionários públicos ao serviço deste governo...
Hélder Rosalino está apenas a explicar quão pequenina é a sua inteligência, e quão mais pequenina ainda é a sua sensibilidade social quando o mandam levar a cabo «estrangulamentos» em série...
O gesto de Rosalino nada tem a ver com o seu «pirilau»…
O Hélder é apenas mais um «serial killer» contratado pela «troika» para dar cabo do canastro a vários milhares de portugueses «empreendedores de sacrifícios» (como diria o inefável ministro Marques Guedes)…

ROSALINO, O ESTRANGULADOR DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS! E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO?

O secretário de Estado da Administração Pública deste governo de energúmenos e valdevinos políticos, um estafermo que responde pelo nome Hélder Rosalino, considera que o corte salarial proposto pelo seu Governo para 2014 é mais justo e equitativo do que o que foi proposto pelo Governo de José Sócrates em 2011.
O corte de salários na Função Pública, que deve começar nos 675 euros (apesar de o Governo ter proposto que começasse nos 600 euros) «convoca com mais equidade e justiça um colectivo de trabalhadores da Função Pública», garante o mariola. «Trata-se de uma medida mais justa e equitativa do que a medida que vigorava desde 2011», que «libertava mais de 50 % dos funcionários públicos». «O corte agora proposto não agrava excessivamente os trabalhadores mais qualificados» - acrescenta ainda o meliante.
Em 2011, o Governo então liderado por José Sócrates impôs cortes nos salários dos funcionários públicos, que começavam por reduzir 3,5 % dos salários acima de 1.500 euros e se estendiam até um corte de 10 % nos salários a partir de 4.165 euros.
No novo esquema de cortes proposto pelo actual Governo, as reduções começam nos 2,5 %, nos salários acima dos 675 euros, e sobem progressivamente até um corte de 12 %, nos rendimentos superiores a dois mil euros. PPD e CDS apresentaram uma proposta de alteração que faz os cortes iniciarem-se a partir dos 675 euros, subindo o limite de 600 euros previamente definido pelo Governo.
Para Hélder Rosalino, «esta medida insere-se no esforço de consolidação orçamental a que o País está sujeito e que não pode de todo evitar», porque «é preciso recuperar a soberania financeira e libertar a Função Pública dos estrangulamentos a que tem estado sujeita». Ou seja: é preciso «libertar a Função Pública dos estrangulamentos», estrangulando os funcionários públicos…

MARCELO, MAIS UM CASO DE DECADÊNCIA À VISTA DESARMADA...

Carlos Matos Gomes fala-nos da decadência de Marcelo Rebelo de Sousa:
«Até de aspecto parece decadente. O aspecto agora chama mais a atenção porque surge associado ao borbulhar do vazio na cabeça. A cabeça do Marcelo nunca ultrapassou o nível do agitador, no sentido de “shaker” de bar, onde ele metia tudo o que tinha à mão, que abanava e de onde tirava um cocktail cheio de gás. Nunca teve um pensamento estruturado, mas fazia truques de belo efeito. Ultimamente tem-se tornado sucessivamente mais preguiçoso, mais meloso, mais “belfo”. Os produtos são cada vez de pior qualidade, e saem uns “cocktails” manhosos, do tipo de casa de alterne, com “seven up” a fazer de espumante, uns uísques marados, um gelo de peixaria, e uns pauzinhos chineses a deitar estrelinhas... É a mesma decadência à vista desarmada do Herman, do Pulido Valente... o Fellini já os viu há muito e tirou-lhes o retrato: implacável. A “partenaire” também não vai mal, no papel de madama a fazer de ninfeta...».

A IDIOTICE PERFEITA, OU OS «PUNS» COMO CONTEÚDOS NÃO INFORMATIVOS...

A TQT (Televisão Que Temos) no seu melhor, ou seja, influenciada pelo odor dos «puns». Cristina Ferreira assume direcção de Conteúdos não Informativos da TVI . Ahahahah, Portugal I love you! De facto, Cristina Ferreira é a nova directora de Conteúdos não Informativos da TVI - anunciou a estação através de comunicado. Este cargo não existia até agora, e a «estrela» de «Você na TV» é a primeira a assumi-lo. Entretanto, a histérica apresentadora também abraçou projectos a solo, como no programa «Dança com as estrelas». Além disso, lançou recentemente o blogue «Daily Cristina»…

ALFRED E. NEUMAN OU A IDIOTICE COMO ARMA POLÍTICA...

Idiota chapado, Alfred E. Neuman tentou ser ciclista e ganhar a Volta à França. Este sério candidato ao Palácio de Belém tem certamente muito mais imaginação do que o «desgraçado» que ainda lá está (cortaram-lhe a pensão, lembram-se?).
Alfred E. Neuman sabe de «empreendedorismo sacrificial» como o pobre Cavaco Silva nem cheira.
Saliente-se que era também a este magnífico idiota que o inefável ministro Marques Guedes queria referir-se ao invocar «os sacrifícios que os portugueses têm vindo a empreender».
Meus amigos, não liguem à seringas que o Alfred E. Neumen exibe. O «doping» não está vedado aos políticos. Votem nele! E acreditem que os «empreendedores de sacrifícios», unidos, jamais serão vencidos!

ALFRED E. NEUMAN SÉRIO CANDIDATO A BELÉM...

Alfred E. Neuman é um «self-made MAD» e um grande «sebastianista» no exílio, como bem o demonstram os enormes buracos nos seus sapatos a precisar de meias-solas. É presidente de novo partido em formação, o NPS (Novo Partido Sebastianista) e é, desde já, um sério candidato a Presidente da República, quando o mandato do Cavaco der o berro (se, entretanto, o inefável dr. Vítor Ramalho, incitado pelo sábio dr. Mário Soares, não se imiscuir no Palácio de Belém pela calada da noite e defenestrar, sem aviso prévio, a criatura que, aparentemente, chefia o Estado, bem como a sua amantíssima esposa Maria Cavaco)…
Por isso, faço desde já um apelo: comprem a revista «MAD», para encherem os cofres da candidatura. Verão que, com ele na corrida a Belém, vamos ganhar ao Durão, ao Marcelo, ao Santana e ao Barreto, do lado direito, assim como ao Guterres, ao Sócrates, ao Nóvoa e ao Costa, do lado esquerdo. E quem não achar graça nenhuma a esta candidatura, quem não tiver sentido de humor, quem não acreditar que o ridículo também mata, quem não gostar de uma boa gargalhada, nem de se divertir à custa dos badamecos e mariolas no poder e dos indecisos e empatas na oposição - no meio de tanta miséria material, moral e política - pois «que se foda, e assim sucessivamente», como diria o João César Monteiro...

FARTO DE ARGUMENTAR, SÓ ME RESTA INSULTAR...


Esgotados os argumentos racionais, sobram os insultos, seguindo o exemplo do capitão Haddock a praguejar no deserto. Mas há mais, ora leiam: AZEITEIROS, AZÊMOLAS, AZUCRIMANTES, BADAMECOS, BILTRES, CAMELOS, CARAMELOS, CROMOS, ESTAFERMOS, MALACATREFES, MALFEITORES, MARIOLAS, MELIANTES, VALDEVINOS, ETC, ETC, ETC...

ESTADO ASSUME DÍVIDA DE 17 MILHÕES DE EUROS, DE LUÍS FILIPE VIEIRA E SÓCIO

Nesta repugnante e interminável «estória» do BPN, foi mesmo um «fartar vilanagem»...
Agora ficámos a saber que o empresário Luís Filipe Vieira, actual presidente do Benfica, e um sócio dele, Almerindo de Sousa Duarte, estão, há quatro anos (!!!!!), a ser investigados acerca do seu alegado envolvimento num esquema fraudulento que prejudicou o BPN. Mas os prejuízos da operação, avaliados em 17 milhões de euros, já foram transferidos para o Estado, que arcará com eles.

Segundo o «Diário de Notícias», o Estado, através da Parvalorem (empresa que gere os créditos do BPN), herdou uma dívida de 17 milhões de euros dos dois empresários ao banco. Esta dívida poderá ter sido gerada por uma burla orquestrada por Luís Filipe Vieira e pelo seu sócio Almerindo de Sousa Duarte, situação que ainda está sob investigação e acerca da qual o «DN» (de hoje, dia 21) avança com alguns pormenores.  
O crédito estava colocado no BPN-IFI, em Cabo Verde, mas, segundo relata o jornal, o BIC, liderado por Mira Amaral, recusou-se a herdá-lo, pelo que o encargo ficará à responsabilidade da Parvalorem.

PORTUGUESES SÃO «EMPREENDEDORES DE SACRIFÍCIOS», SEGUNDO O MINISTRO MARQUES GUEDES

O inefável Marques Guedes - criatura que não se sabe bem como é que chegou a ministro da Presidência deste governo de «azeiteiros» - invocou hoje, em conferência de Imprensa, «os sacrifícios que os portugueses têm vindo a empreender»!?
Marques Guedes é mais um dos idiotas chapados que vivem à custa de vários milhões de portugueses «empreendedores de sacrifícios».
 Custa a crer na enorme quantidade de disparates produzidos dia-sim-dia-sim por este lamentável governo de direita obcecado pela treta do «empreendedorismo»...

REITORES DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS CORTAM RELAÇÕES COM O EXECRÁVEL CRATO, DEFENSOR DOS INTERESSES DO ENSINO PRIVADO

Os reitores das Universidades Públicas decidiram cortar relações com o Ministério da Educação e Ciência - e, portanto, com o Governo - e os presidentes dos Institutos Politécnicos já manifestaram solidariedade com essa decisão. O Governo diz que Ensino Superior não podia ficar à margem da austeridade.
A falta de abertura do Governo para mitigar os cortes previstos no Orçamento do Estado (OE) no Ensino Superior está a criar uma tensão sem precedentes entre os representantes do sector e o Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Aos cortes no financiamento do Estado ao Ensino Superior, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) respondeu com um corte de relações com o Governo. Os reitores não vão continuar a comunicar com a tutela sobre o OE, suspendendo também a sua participação na reorganização da rede do sector, processo do qual dizem estar a ser afastados.
Entretanto, os reitores receberam a solidariedade do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), cujos membros dizem «compreender a tomada de posição» do CRUP. «Também sentimos as mesmas dificuldades, já que não somos ouvidos nem envolvidos nas decisões do MEC», diz o órgão presidido por Joaquim Mourato.
«A actual proposta de OE constitui uma total alteração aos pressupostos acordados na reunião realizada entre o MEC e o CRUP em Agosto», sublinham os reitores, que acusam o Governo de quebrar os compromissos assumidos. A esta situação junta-se uma «absoluta e inédita» falta de disponibilidade da tutela para explicar o valor dos cortes posteriores.
Os reitores reuniram-se no dia 19, em Braga, num encontro em que o presidente do CRUP, António Rendas, pediu a demissão do cargo devido ao desgaste provocado por esta tensão com o Governo. E nem o apoio dos restantes reitores o demoveu, ainda que mantenha a abertura para encontrar uma solução.
No início do mês, quando estiveram na Comissão Parlamentar de Educação, os reitores tinham exigido várias alterações ao OE, que destina menos 4 % de verbas para o Ensino Superior – um corte claramente superior ao de 1,5 % inicialmente anunciado.
A sintonia entre universidades e politécnicos isola o Ministro da Educação e Ciência, numa altura em que os cortes para o sector que estão previstos no OE estão a ser alvo de forte contestação por parte de cerca de uma dezena de instituições, entre as quais os sindicatos Fenprof e FNE e várias associações de estudantes.
A atitude dos reitores das universidades públicas portuguesas perante o Governo constitui uma clara derrota para Nuno Crato. O ministro de Educação, que tanto tem insistido em resultados de excelência e em bitolas aparentemente mais altas para o ensino, acaba de perder, de um só golpe, o apoio do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas para o processo de reorganização da rede do Ensino Superior. Para além de acusarem a tutela de «absoluta e inédita» falta de disponibilidade para dar explicações sobre os cortes orçamentais, os reitores também acusam o MEC de «sistemática violação da autonomia universitária». Se Nuno Crato queria esticar a corda, partiu-a. E isso irá reflectir-se no futuro do Ensino Superior público em Portugal.
Tentativa de regresso a um ensino elitista
Como oportunamente salientou o professor Santana Castilho, em artigo no «Público»:
«A ascensão de Nuno Crato ao poder foi promovida por duas vias: o seu populismo discursivo, de que a desejada implosão do ministério foi paradigma, e a influência poderosa de grupos para quem a Educação é negócio. Chegou agora o momento em que o aforismo emblemático de César das Neves começa a colher prova no terreno das realidades: não há almoços grátis! O recentemente aprovado Estatuto do Ensino Privado mostra ao que Crato veio e para quem trabalha. O seu actual direitismo, socialmente reaccionário, está próximo, em radicalismo, do seu esquerdismo de outros tempos. O fenómeno explica-se, tão-só, por simples conversão de interesses e ambições aos sinais dos tempos. O resultado que se desenhou e ganha agora forma é o retorno a um sistema de ensino elitista, onde muitos serão excluídos».

«MÁS PRÁTICAS E FALTA DE ÉTICA» AJUDARAM PASSOS COELHO A CONQUISTAR O PODER, NO PPD E NO PAÍS

Empresas de comunicação e relações públicas demarcam-se das «más práticas e falta de ética» do consultor de comunicação, Fernando Moreira de Sá, que ajudou Passos Coelho a conquistar o poder no PPD/PSD e a ganhar as eleições legislativas - noticia o jornal PÚBLICO.

«Separar o trigo do joio» – foi a intenção da direcção da Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM), que agora emitiu um comunicado em que se demarca das declarações de um consultor de comunicação que admitiu ter manipulado a comunicação social e os debates entre candidatos durante o processo de eleição de Pedro Passos Coelho como líder do PPD/PSD, em 2010.
Fernando Moreira de Sá, consultor de comunicação desde 2008, defendeu, em Julho passado, na Universidade de Vigo, a sua dissertação de mestrado intitulada «A comunicação política digital nas eleições directas de 2010 no PSD pelo candidato Pedro Passos Coelho». Na semana passada, este «consultor» deu uma entrevista à «Visão», na qual admitiu sem rodeios ter constituído, com outros bloggers e elementos do PPD/PSD, uma espécie de «braço armado» de Passos Coelho na blogosfera, sobretudo em situações de condicionamento dos fóruns das rádios e televisões, comentários de notícias nos sites de jornais e, também, nas redes sociais Twitter e Facebook. Esse condicionamento foi feito durante a corrida de Passos Coelho pela liderança do PPD/PSD, contra Paulo Rangel e José Pedro Aguiar-Branco.
Fernando Moreira de Sá descreve que, entre os mais influentes blogues políticos em 2010, encontravam-se, à direita: o Blasfémias (liberal), o Insurgente (liberal), o 31 de Armada (misto) e o Albergue Espanhol (o «espaço de bloggers apoiantes do candidato a líder do PSD, Passos Coelho»). Na esquerda eram reconhecidos: o Jugular (PS), o Causa Nossa (PS), o Corporações (PS), o 5Dias (PCP/BE), e o Arrastão (BE). Somavam-se o Delito de Opinião e o Aventar, com «elementos que vão da extrema-esquerda à direita, assim como monárquicos, republicanos, ateus, agnósticos, católicos», segundo  Fernando Moreira de Sá.
Na entrevista, este «manipulador ao serviço de Passos Coelho e Miguel Relvas apenas tornou público o que já admitia nas 26 páginas da sua dissertação. Mas somou-lhe informação: nomeou jornalistas, gestores e nomes ligados ao PPD/PSD e ao CDS/PP que hoje estão em cargos políticos, aparentemente devido à contribuição que deram a Passos Coelho na sua caminhada para o poder. E também fez críticas aos media e à falta de estratégia de comunicação do actual Governo.
A APECOM afirma que as práticas relatadas pelo «alegado» consultor de comunicação «não estão alinhadas com os princípios éticos que devem pautar a actividade de comunicação e relações públicas». E as revelações de Fernando Moreira de Sá «denotam desrespeito pelas regras de confidencialidade que devem marcar esta actividade».
José Quintela, presidente da associação, disse ao PÚBLICO recear que se façam «generalizações» a partir deste caso. «Muitas vezes confunde-se a árvore com a floresta», lamenta. Entre as duas dezenas de membros da associação encontram-se as maiores empresas de assessoria de comunicação do mercado português como são os casos da Central de Informação, da Cunha Vaz & Associados, da Emirec, da Inforpress, da Ipsis, da Lift Consulting, da Midlandcom, da Porter Novelli, da Unimagem, da Weber Shandwick ou da YoungNetwork. As duas empresas de Fernando Moreira de Sá não são associadas.
«O cenário descrito na referida entrevista não representa de forma alguma o panorama da comunicação em Portugal, marcado pela actuação de várias dezenas de empresas há vários anos no mercado e cumpridoras das regras do Código de Estocolmo, que reúne as melhores práticas internacionais deste sector de actividade, nomeadamente em termos de confidencialidade e integridade da informação», salienta a direcção da APECOM.
José Quintela realça que este é «um sector sério com profissionais de qualidade», que trabalham segundo «princípios, valores, normas de conduta e códigos éticos aprovados e respeitados internacionalmente». Por isso, distância-se das «más práticas» citadas por Fernando Moreira de Sá. «A actividade da comunicação deve contribuir para o aperfeiçoamento da democracia e nunca para a beliscar», defende o presidente da APECOM.
O PÚBLICO tentou contactar Fernando Moreira de Sá mas não conseguiu obter um comentário.

«O AJUSTAMENTO SEGUIDO EM PORTUGAL ESTÁ A SER DESASTROSO» - AFIRMAM OS ECONOMISTAS MANUEL CALDEIRA CABRAL E MANUEL PINHO (*)

Quando o actual Governo entrou em funções, a visão dominante sobre a crise portuguesa seguia muito de perto o discurso de explicação da crise grega. De acordo com esta visão, a aceleração do crescimento da despesa pública durante a última década era responsável pela perda de competitividade da economia, endividamento excessivo e baixo crescimento do País. O novo governo cedo manifestou a intenção de «ir além da troika»: medidas mais duras para um ajustamento em menos tempo.
No caso português, esta visão da crise chocava com os factos. A despesa pública não acelerou na última década. Entre 2001 e 2011, a taxa de crescimento da despesa pública foi metade da verificada na década anterior e foi até a mais baixa desde a segunda mundial. O que se verificou, depois de 2000, foi antes uma diminuição do crescimento do PIB nos países ocidentais, que devido à nossa especialização foi mais marcada em Portugal. Isto sugere que o abrandamento resultou de causas externas, como a emergência da China, ou o aumento do preço das matérias-primas e a crise financeira, e não de causas internas.
A diminuição do crescimento foi a causa dos problemas de contas públicas e não o contrário.
O atual Governo ignorou este facto e alinhou a sua estratégia com a visão de que a única questão a resolver era o problema de contas públicas. A diminuição da despesa pública devia corrigir o défice público e garantir a redução da despesa interna e da procura de trabalho que, pelo aumento do desemprego, conduziria à diminuição dos salários. A redução da procura interna substituiria a desvalorização, contribuindo para reduzir as importações e para aumentar a competitividade, pela redução dos salários, promovendo uma aceleração das exportações.

A tese do empobrecimento

Esta era a tese do empobrecimento. Só empobrecendo e reduzindo salários poderíamos voltar ao crescimento. A austeridade resolveria todos os desequilíbrios e promoveria a retoma do crescimento.
A única coisa que podia falhar, nesta óptica, assumida pela troika e pelo Governo, era o mercado de trabalho. A rigidez do mercado laboral podia atrasar a descida dos salários e a redução dos custos unitários de trabalho (CUT). Daí a prioridade dada à reforma da Lei Laboral e à liberalização dos despedimentos
A realidade acompanhou a teoria na redução da procura interna, gerou aumento do desemprego e descida dos salários e dos CUT. O ajustamento no mercado laboral foi forte, mesmo antes da nova lei laboral. Os custos unitários desceram fortemente ao longo de 2012 e2013.

O que falhou?

O que falhou foi o passo seguinte. A redução dos custos unitários não foi acompanhada pelo aumento da taxa de crescimento das exportações. Pelo contrário, a redução dos CUT portugueses face aos dos países da UE foi acompanhada por um abrandamento do crescimento das exportações (de 13,5%, em 2010 e 2011, para 3,9%, em 2012 e 2013). Parte deste abrandamento pode ser atribuído à crise europeia. No entanto, o crescimento das exportações extra-comunitárias caiu de 19% ao ano (entre 2010 e 2012) para 7%, nos primeiros nove meses de 2013. Isto dificilmente pode ser explicado pela crise europeia.
Para além de mais fraco, o crescimento das exportações em 2012 e 2013 foi sustentado por sectores de capital intensivo, em que os custos laborais não são significativos, como os produtos refinados de petróleo ou o papel, expansão que resulta de grandes investimentos promovidos pelo anterior governo. Excluindo as saídas de produtos petrolíferos, as exportações de bens crescem menos de 2%.
A realidade mostra que a teoria do empobrecimento não resultou. A correcção do défice externo aconteceu, mas foi baseada crescentemente mais na queda da procura interna e das importações do que na expansão das exportações. O resultado mede-se em queda do PIB e aumento do desemprego. A melhoria do saldo da BTC não traduz um processo virtuoso apenas nacional. Aconteceu em todos os outros países na mesma situação. Entre 2007 e 2013 a redução do défice externo foi até maior na Grécia e em Espanha do que em Portugal.
O nível de recessão imposto à economia acabou por minar os esforços de consolidação orçamental. A redução do défice em 2012 e 2013 juntos foi metade da verificada em 2011. A economia caiu muito e o défice pouco. O empobrecimento da base fiscal assim o impôs. Apesar dos sacrifícios exigidos, o crescimento do rácio de endividamento não abrandou, puxado tanto pelo aumento da dívida como pela baixa do PIB.
A evolução dos últimos dois anos e meio salienta que o crescimento das exportações, o aumento da competitividade e o crescimento do PIB dependem hoje de fatores muito mais complexos do que apenas os custos salariais. O simplismo da tese do empobrecimento tem o seu encanto, mas sem investimento as exportações não podem crescer. O investimento interno está a cair há cinco anos e a baixa de salários não fez o IDE afluir a Portugal, apesar dos apoios do Estado e das isenções fiscais dadas aos grandes projetos.

Hipotecar o futuro

A linha argumentativa da troika e do actual Governo era simples. O País estava a gastar acima do que produzia. Algo que um país que está a gastar acima do que produz não pode fazer é produzir menos.
Não há outra alternativa, foi dito vezes sem conta, pelos que defendiam que a austeridade era o melhor caminho para voltar a colocar rapidamente a economia a crescer. Portugal está hoje a produzir ao nível do que produzia no início do século.
O mais grave é que não se trata apenas de um efeito temporário. O ajustamento seguido está a causar uma perda de capacidade produtiva. O País não está apenas a produzir menos num contexto de recessão. Nestes dois anos Portugal viu descer o seu PIB potencial. Como é que isso aconteceu? Portugal perdeu mão de obra, perdeu capital e perdeu confiança nas instituições.
Os modelos de crescimento consideram sempre o stock de capital e de mão de obra como a base em que assenta o crescimento, a que se juntam as qualificações, tecnologia e qualidade das instituições como factores potenciadores.

A base produtiva encolheu

Nos últimos dois anos a base produtiva encolheu. Encolheu pela saída de mão de obra, de uma forma que já não era vista desde 1974. Encolheu porque, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, o País registou uma redução do seu stock líquido de capital..
Nos últimos dois anos o stock de capital de Portugal caiu mais de dez mil milhões de euros e, de acordo com os dados do Eurostat, deverá continuar a cair em 2014 e 2015. Nas anteriores crises Portugal teve reduções temporárias do nível de investimento, mas nunca foram a um nível que implicasse uma redução do stock de capital da economia.
Sejamos claros. Portugal tem pouco capital. Esse é um dos nossos atrasos. O stock de capital por trabalhador de Portugal é cerca de metade do da UE15 e isso reflecte-se na produtividade do País. Nos últimos quarenta anos aproximámo-nos da média europeia, subindo de 32%, em 1974, para 40%, em 1990, e 52% em 2010. Hoje, com o investimento a 56% do nível de 2001, estamos a andar para trás e a reduzir fortemente a capacidade produtiva da economia. Pela primeira vez, Portugal teve uma década (2003-13) em que investiu menos do que na década anterior. E isto é verdade tanto para o investimento público como privado. Ambos caíram quase 40% desde 2008.
Para além de capital, Portugal também está a perder força de trabalho. Mais de 5% da força de trabalho saiu do País. Num país com baixíssimas qualificações, o fluxo brutal de emigração de jovens com elevadas qualificações para o estrangeiro tem de ser olhado com enorme preocupação. A esta perda junta-se a diminuição das entradas para o ensino superior. É uma redução de capital humano brutal.
A retoma vai ser feita sem estes recursos, a partir de um patamar mais baixo e com pouco carburante.
É mais difícil medir o efeito do desinvestimento na ciência e inovação, ou a perda de confiança nas instituições nacionais. Mas estes estão a acontecer e vão cobrar um preço muito caro às gerações futuras. É preciso alterar as prioridades e perceber que só uma retoma sustentada pode permitir consolidar as contas públicas e estabilizar o endividamento. E que quanto mais tarde esta começar, mais baixo será o nível que o País terá como base para o crescimento futuro.
O ajustamento seguido em Portugal está a ser desastroso. Não resolveu o problema do défice nem da dívida pública. E não conseguiu relançar o crescimento com a sua estratégia simplista de empobrecimento, pensada para um país que Portugal felizmente já não é nem pode ser. Afundar a economia não pode ser parte da solução, pois só agrava o problema. 


(*) Artigo publicado pelos dois economistas no «DN» em 20 de Novembro de 2013

PORTUGAL COM DÉFICES SUPERIORES AOS PREVISTOS, EM 2013, 2014 E 2015 - ANUNCIA A OCDE

Portugal não vai cumprir as metas acordadas com a «troika», permanecendo com um défice acima de 3% em 2015, segundo a OCDE, que defende uma «alteração dos objectivos», se o crescimento for menor do que o previsto.

De acordo com o «Economic Outlook», agora divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal vai chegar ao fim de 2013 com um défice orçamental de 5,7%, valor que deverá cair para os 4,6%, em 2014, e para os 3,6%, em 2015. Todos estes valores estão acima dos objectivos acordados entre o Governo português e a «troika» (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), de 5,5% em 2013, 4% em 2014, e 2,5% em 2015.

Também a escalada da dívida parece ser mais difícil de inverter, ou mesmo travar. No final de 2013,  deverá chegar aos 124,9 % do PIB, e depois vai piorar: 127,4 % em 2014 e 129,5 % em 2015. Ou seja, ao contrário do que prevêem o Governo e a «troika», o peso da dívida no PIB não vai diminuir, vai aumentar - o que coloca sérias dúvidas sobre a sua sustentabilidade e sobre a austeridade de um eventual segundo pacote de empréstimos (2º resgate) ou da linha de crédito (programa cautelar) que se perfila para Portugal. No OE para 2014, o pico da dívida era para ser atingido este ano (127,8 %), e em 2015 já estaria a desanuviar.
A OCDE considera que, tendo em conta que a economia portuguesa permanece fraca, «é importante permitir que os défices orçamentais se desviem dos objectivos, se o crescimento se revelar mais baixo do que o esperado, para evitar uma espiral negativa entre as condições macroeconómicas e os objectivos orçamentais».
Sublinhando que «a consolidação orçamental aumentará a confiança», a OCDE considera, todavia, que há riscos negativos que se colocam à evolução da economia portuguesa.
Entre os riscos apontados para 2014 está «a possibilidade de uma contracção do consumo privado mais elevada do que o previsto, devido às medidas de austeridade e ao crescimento das exportações mais baixo do que o esperado».

Em relação ao consumo privado, a OCDE espera um recuo de 2,3% em 2013 (o Governo prevê um recuo de 2,5%). E ao contrário das estimativas do Governo no Orçamento do Estado (OE) para 2014, que apontam para um recuperação do consumo privado de 0,1% no próximo ano, a OCDE antevê que o indicador se mantenha em terreno negativo (-0,6%) e só recupere em 2015.
Além disso, a OCDE alerta que um crescimento económico inferior ao projectado iria prejudicar o cumprimento dos objectivos orçamentais.
A Organização aponta ainda riscos políticos, destacando que «um novo chumbo do Tribunal Constitucional às medidas incluídas no Orçamento para 2014, que iria tornar mais difícil o cumprimento da meta do défice e que pode aumentar as taxas de juro».

No entanto, a OCDE considera também que há factores que podem influenciar positivamente a economia portuguesa: «uma recuperação da concessão de crédito mais rápida vai permitir uma recuperação [económica] mais rápida», lê-se no relatório da organização.
Referindo-se à «turbulência política» do Verão passado, o porta-voz da OCDE, Jens Arnold, frisou que são situações que não ajudam a «solidificar a confiança dos mercados». A remodelação – que, depois da saída de Vítor Gaspar das Finanças, levou à nomeação de Maria Luís Albuquerque, com um «pedido de demissão irrevogável» de Paulo Portas pelo meio e o seu posterior recuo e «promoção» a vice-primeiro-ministro –, «ilustrou algumas das tensões políticas existentes». A OCDE considera que, «por agora, as tensões estão controladas», mas o episódio «demonstrou que há uma possibilidade de riscos políticos no contexto actual».


terça-feira, 19 de novembro de 2013

O ESBUGALHADO CANALHA DAS NEVES CONTINUA A INSULTAR O POVO...



Atenção: há pelo menos mais dois comentadores estuporados que se podem juntar a esta abominável criatura que responde pelo nome João César das Neves. A saber: um tal José Gomes Ferreira, na SIC Notícias, e um tal Camilo Lourenço, na RTP. São os três autênticos «fdp's», isto é, verdadeiros «filhos da plutocracia». São criaturas pobres de espírito, ignaras, arrogantes, cruéis, cheias de si e… de vil metal certamente... Pulhas!

TRABALHAR MENOS, RECEBER MENOS, É MEDIDA «AMIGA DA FAMÍLIA» - DIZ O CRETINO LOMBA

...Para Pedro Lomba, secretário de Estado que tem demonstrado ser um perfeito cretino, a possibilidade de redução do horário individual de trabalho na Função Pública (que implica, obviamente, a respectiva redução salarial) é, imagine-se, «um exemplo de valorização do tempo de trabalho parcial» e, por isso mesmo, uma medida «mais amiga da família» e «mais amiga da tranquilidade»... Como no tempo da «outra senhora»… Não, Pedro Lomba não está propriamente a tomar-nos por idiotas, ele é que é mesmo um perfeito idiota com que temos de alombar!

COM PASSOS COELHO NO PODER, O «TRIUNFO DOS PORCOS» ESTÁ GARANTIDO!

Passos Coelho invoca o «espírito de boa-fé negocial» para não aplicar uma taxa às PPP (Parcerias Público-Privadas). Mas ainda não tem a lata de invocar publicamente o seu «espírito de total má-fé negocial», quando corta à bruta nos salários e pensões da Função Pública. Passos Coelho mostra assim, mais uma vez, de que lado está: em defesa dos interesses da plutocracia contra o bem-estar do povo. Ou não fosse ele um grande «filho da plutocracia», um político saloio e servil perante o poder do dinheiro. Com Passos Coelho no poder, o «triunfo dos porcos» está garantido.

OS DOIS EMPLASTROS E O GARNIZÉ CONTINUAM A MENTIR-NOS!


Os dois maiores emplastros da política portuguesa - Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho - tomam os portugueses por gente ignara e tentam convencê-los de que tudo está a correr muito bem, apesar de mais de um milhão de desempregados (desemprego real e não apenas oficial), de cerca de três milhões de portugueses a viver abaixo do limiar da pobreza, de muitos milhares de pensionistas sem dinheiro para comprar todos os medicamentos de que precisam, de vários milhares de jovens que já tiveram de emigrar para encontrarem trabalho. Pouco importa a estes dois emplastros no poder (em Belém e em São Bento) acolitados pelo garnizé Paulo Portas (nas traseiras do Jardim Zoológico) que o OE para 2014 vá provocar ainda mais sofrimento e pobreza a milhões de cidadãos. Eles acham que o país está «na maior» e até já o comparam à Irlanda, apesar de saberem (mas não dizerem) que o «caso» irlandês sempre foi bem diferente do «caso» português, que é mais parecido com o «caso» grego. A mentira está cada vez mais entranhada na massa do sangue destes «filhos da plutocracia» que continuam a impor-nos, a mando da troika, uma ditadura financeira de fachada democrática. Malditos sejam!

TRIO EUROPEU DA MEDIOCRIDADE: A VELHACA, O ARTOLAS E A PATROA DELES...


Como é possível que uma francesa ex-ministra das Finanças incompetente e suspeita de venalidade (deixou a França de rastos e encheu os bolsos a um grande vigarista) e um ex-primeiro-ministro português não menos incompetente, ex-maoísta, vira-casacas e servil (que fugiu para Bruxelas depois de ter levado uma grande sova eleitoral em eleições europeias) tenham sido escolhidos para ocupar tão altos cargos internacionais - como o de directora-geral do FMI e de presidente da Comissão Europeia, respectivamente - nos quais tomam decisões absurdas e cruéis e dispõem da vida de povos inteiros sem a menor compaixão e respeito por eles?! Sim, como é possível, a não ser graças a uma classe política europeia completamente medíocre, submissa ao chicote da capataz alemã Ângela Merkel e vergada ao poder da plutocracia, isto é, dos banqueiros, dos grandes accionistas e dos gestores das multinacionais?!

QUEM MENTE? A VELHACA QUE DIRIGE O FMI NÃO É CERTAMENTE...

ESTA VELHACA PROFERE ENORMIDADES... E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LA?!

CUNHA ESCANDALOSA METIDA E ACEITE EM DIRECTO...

O secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira, foi entrevistado na SIC Notícias pelo inefável Mário Crespo, «mártir» da liberdade de Imprensa, que lhe meteu «habilmente» uma cunha. Como o bonacheirão Octávio parece ser um secretário de Estado completamente pateta (ou será sem vergonha?) resolveu aceitar, em directo, a cunha do Crespo, dizendo que ia tratar do assunto com «todo o gosto, de forma discreta e recatada». Um espanto!

RUI MACHETE PROPÕE NOVO EMBLEMA PARA AS LAPELAS DOS MEMBROS DESTE GOVERNO

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CRISE FAVORECE ESCANDALOSAMENTE AS GRANDES FORTUNAS


Segundo o «Relatório de Ultra Riqueza no Mundo 2013», elaborado pelo banco suíço UBS, o número de multimilionários em Portugal, com fortunas superiores a 25 milhões de euros, aumentou 10,8 % (para 870 pessoas), no último ano, apesar da crise que se vive no nosso país.
O relatório confirma que, em Portugal, não só aumentou o número de multimilionários como aumentou o valor global das suas fortunas, de 90 para 100 mil milhões de dólares, ou seja, mais 11,1 %.
Segundo o estudo, o crescimento do número de multimilionários em Portugal, um dos países mais flagelados pela crise na Europa, foi maior do que a média europeia (8,7 %) e o aumento do valor das fortunas foi também maior do que a média europeia (10,4 %).
Em termos de valor total das maiores fortunas, Portugal surge em 13º lugar entre os países da Europa e em 12º lugar no que toca ao número de multimilionários, segundo o estudo do UBS.
A crise parece ter sido também favorável às grandes fortunas no país em pior situação na Europa nos últimos anos, a Grécia, onde o número de multimilionários cresceu 11 % (para 505) e o valor das suas fortunas aumentou 20 % (para 60 mil milhões de euros).
Em termos de aumento do número de multimilionários, Portugal só foi ultrapassado pela Alemanha (13 %), a Suiça (13,1 %), a Roménia (12 %), a Sérvia (11,1 %) e a Grécia (11 %).
Convém acrescentar que, aqui ao lado, em Espanha, o fosso que separa ricos e pobres tornou-se o maior da Europa, o desemprego tornou-se crónico e, apesar disso, segundo um estudo do Crédit Suisse, o número de multimilionários aumentou 13 % em 2012.
Boa altura para recomendar a leitura do livro «Plutocrats - The Rise of the New Global Super-Rich», da autoria de Chrystia Freeland, antiga jornalista do «Finantial Times», do «The Economist» e do «The Washington Post», além de «deputy editor» do jornal canadiano «The Globe and Mail».

JOÃO CÉSAR MONTEIRO MORREU HÁ 10 ANOS, MAS...

...Aqui o vemos agora, com uma lupa, vindo do outro mundo, a tentar lobrigar o «pentelho» a que ficou reduzido Eduardo Catroga (digo «pintelho» mas acho que é mesmo «pentelho») depois de os chineses que mandam na EDP terem mandado electrocutar a repugnante criatura, por a acharem demasiado subserviente e lambe-botas...
João César Monteiro, além de notável realizador, foi um excelente crítico de cinema. Entre os vários filmes que realizou, saliente-se as «Recordações da Casa Amarela» (1989) no qual inventa um personagem (interpretado por ele próprio): João de Deus, «dandy misantropo e erotómano», que será o herói de «uma série de comédias sarcásticas, alegóricas e desesperadas», como «A Comédia de Deus», «As Bodas de Deus» e «Vai e vem». Seria muito bom que ele estivesse vivo hoje…

IMENSAS SAUDADES DA GRAÇA BARROSO QUE JÁ NÃO COMPLETOU MAIS NENHUM ANO DE VIDA...

Esta é uma fotografia da minha prima Graça Barroso e do seu irmão mais novo, Eduardo Barroso, tirada por mim há 43 anos, no Verão de 1970, quando fomos passar um dia com os nossos tios José Manuel Duarte e a Judite Barroso, que estavam de férias no parque da Orbitur, na Costa da Caparica.

BRUNO NOGUEIRA ARRASA A ESCRIBA COR-DE-ROSA MARGARIDA REBELO PINTO

Face aos comentários indignos e reaccionários feitos pela escriba cor-de-rosa Margarida Rebelo Pinto, no programa «Bom Dia Portugal», da RTP1, em defesa do actual governo PPD/PSD-CDS/PP e contra a onda de manifestações públicas de protesto, nomeadamente no Parlamento, o humorista Bruno Nogueira arrasou a vaidosa e oca criatura de alto a baixo, com críticas bastante contundentes.
No jornal da manhã da RTP1, esta autora de livros de merda disse que sente «alguma repulsa e pena» pelas manifestações dos portugueses contra o governo, porque revelam «falta de civismo», «falta de memória» e «falta de inteligência», para além de «perturbarem o trabalho daqueles que neste momento governam o país».
No programa Tubo de Ensaio, na TSF, Bruno Nogueira contra-atacou: «Esta vai ser a sua primeira vez a perceber um raciocínio lógico. Aqueles que tentam governar este país é que estão a interromper e a tentar perturbar o futuro daqueles que neste momento estão a tentar sobreviver», disparou. «Ó Margarida, nós também temos vergonha e repulsa, enquanto portugueses, que você tenha nascido cá», atirou ainda o humorista.
Margarida Rebelo Pinto disse também que era necessário «confiar nestes governantes e ver o que acontece»… E Bruno Nogueira não a poupou, replicando: «Já vimos que dá merda, percebe Margarida? Sabe como é que fica quem confia em quem lá está? Na merda. Sabe o que come quem confia em quem lá está? Merda».
Até ao momento, Margarida Rebelo Pinto, cujo cérebro parece estar totalmente vazio, não reagiu publicamente às críticas contundentes de Bruno Nogueira. Mas a gaja, além de escrever com os pés, é mesmo «fascistóide»...fascistóide»...

EM 1987, CAVACO ERA CONTRA A LIBERTAÇÃO INCONDICIONAL DE MANDELA


Para que não se apague da memória dos portugueses, nunca será de mais lembrar que, em 1987, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, por 129 votos a favor, um apelo para a libertação incondicional de NELSON MANDELA, ouve três países que votaram contra: os EUA, cujo presidente era Ronald Reagan; o Reino Unido, cujo primeiro-ministro era Margaret Thatcher; e Portugal, cujo primeiro-ministro era Anibal Cavaco Silva…