domingo, 13 de outubro de 2013

FMI IMPÕE O AUMENTO DA CARGA DE AUSTERIDADE EM 2014

Segundo o suplemento de economia do «DN», «Dinheiro Vivo», o pacote de novos cortes parcialmente escondido por Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque na passada quinta-feira, dia 2 de Outubro, aumentou a carga de austeridade inicialmente prevista em Maio passado de 4.788 milhões de euros para 5.652 milhões agora (incluindo medidas de receita), depois de terminadas as 8ª e 9ª avaliações da «troika». O esforço orçamental médio anual passou, assim, de 1600 milhões de euros/ano para 1.900 milhões/ano com o exame da «troika» finalizado na semana passada.
Este aumento de sacrifícios tem ainda um objectivo muito concreto: mostrar aos «mercados» que o Governo quer mesmo cortar na despesa mais de 4.000 milhões de euros no próximo ano e arranjar uma margem caso alguma medida falhe. O FMI recomendou desde início cortes de 4.700 milhões em apenas dois anos, o Governo diz querer dilui-los em três (2013 incluído).
Na prática, segundo o «Dinheiro Vivo», o Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas está a fazer um novo «frontloading» – antecipação da maior parte da austeridade para reduzir o défice e puxar para baixo as taxas de juro da República, táctica usada, com relativo sucesso, por Vítor Gaspar em 2011, mal chegou às Finanças. Relativo sucesso pois a economia mergulhou em recessão e o desemprego explodiu para níveis históricos.
De acordo com informação avançada entretanto pela TSF, a impropriamente chamada «reforma do Estado» (4788 milhões em três anos), prometida pelo primeiro-ministro à troika em Maio, levou a um agravamento de 864 milhões de euros - passando para 5652 milhões de euros.
Os credores oficiais e muitos agentes do sector financeiro querem ver cortes de pelo menos 4.000 milhões em 2014. O Executivo acena agora com poupanças de 4.451 milhões só em 2014. Dos 1.300 milhões em nova austeridade, cerca de 900 são cortes na despesa e 400 aumentos de receita.

2013.10.08

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