domingo, 13 de outubro de 2013

DURÃO BARROSO NA COMISSÃO EUROPEIA: «CALAMIDADE» E «FRACASSO»

Num artigo publicado no domingo dia 6 de Outubro, no «El País», intitulado «Adiós a la peor generación de directivos europeos», Soledad Gallego-Diaz escreve que, seja qual for o próximo presidente da Comissão Europeia, o conservador francês Michel Barnier ou o social-democrata alemão Martin Schulz, «a grande notícia será precisamente o desaparecimento de José Manuel Durão Barroso da presidência da Comissão. O político português passará seguramente à história da União Europeia como uma calamidade para a instituição que representou. Durante o seu mandato, a Comissão tem sido quase irrelevante do ponto de vista político e a UE tem actuado de forma mais inter-governamental do que nunca, dominada sem peias pela Alemanha. Um fracasso sem paliativos, ainda que provavelmente a sua atitude dócil lhe traga benefícios pessoais e acabe por encontrar acolhimento em algum outro organismo internacional».
Soledad Gallego-Diaz salienta também que «haverá que designar o sucessor ou sucessora de Van Rompuy (o discretíssimo político flamengo que foi designado o primeiro presidente da União Europeia, que serviu bem os seus chefes e do qual nós, cidadãos, não tivemos a menor notícia». E haverá que designar, igualmente, o sucessor ou sucessora «de Catherine Ashton, a alta representante da União para os Assuntos Exteriores, outro prodígio de invisibilidade, a pior “ministra de Negócios Estrangeiros” europeia que poderiam imaginar os sofridos cidadãos da UE».
E Soledad Gallego-Diaz remata: «Quero dizer com tudo isto que as instituições europeias atravessaram, durante a pior crise económica possível, a pior crise de falta de protagonismo e de falta de capacidade política de que há memória na UE, ocupadas que estavam aquelas instituições, para desgraça dos cidadãos, por pessoas sem carácter e sem convicções que causaram danos consideráveis no projecto europeu. E é urgente alterar esta situação. É urgente que nós, cidadãos europeus, nos vamos concentrando nos possíveis candidatos (à sucessão) porque já sabemos, pelas feridas que nos deixam na pele, que os que fazem política na Europa fazem política sobre nós, sobre o nosso futuro e sobre os nossos direitos».

2013.07.10

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